Serra da Canastra precisa de ajuda para combater incêndio

O chefe substituto do Parque Nacional da Serra da Canastra Vicente de Paulo, pediu ajuda na tarde desta sexta-feira (18) ao Corpo de Bombeiros da região para combater as chamas de um incêndio que já dura três dias. O fogo atinge uma área aproximadamente cinco mil hectares de vegetação nativa, que está os municípios de São Roque de Minas, no Centro-Oeste do estado e Sacramento, no Alto Paranaíba.

Cerca de 40 brigadistas do local e do Parque Nacional do Caparaó, que fica da divisa de Minas Gerais com o Espírito Santo, trabalham para conter o fogo. "Solicitamos apoio inicialmente ao Corpo de Bombeiros de Piumhi e Passos no Sul de Minas, mas pedimos a própria a corporação para que eles também solicitassem apoio de outros comandos regionais", ressaltou Vicente.

As chamas tiveram início na madrugada de quarta-feira (16), segundo informações da analista ambiental do parque. Ainda segundo o chefe substituto do local, há quatro frentes de fogo na área do parque. "Uma está bem próxima à entrada do parque em Sacramento e a outra frente está no Vale do Coelho, que fica em uma zona intangível do parque, outra no Vale do Cemitério e no Chapadão da Zagaia", disse.

Ele disse ainda que o fogo já passou por várias nascentes do parque. "As chamas atingem cerca de três metros de altura e onde passa devasta tudo, pássaros morrem, ninhos são destruídos, vegetação nativa é devastada, sem contar outros animais que não conseguem fugir do fogo", lamentou.

Os brigadistas usam bombas costais e abafadores, além de receber apoio de um helicóptero e duas aeronave (air tractor). Foi deslocado um servidor especialista em incêndios florestais, da Coordenação Regional em Lagoa Santa, para prestar apoio à equipe do parque.

Há quase dois anos o local não registrava um incêndio de grandes proporções. O último foi em 2012, quando mais de 50 mil hectares foram destruídos em São Roque de Minas.

Na época o fogo ameaçou chegar em dois pontos importantes do parque, a cachoeira Cascadanta e o Rio São Francisco, contudo foi controlado antes.

Fonte: Anna Lúcia Silva do G1 Triângulo Mineiro