Diretor-presidente da Bambuí Bioenergia participa de reunião da Câmara e fala sobre expectativas da empresa para o município

O diretor-presidente da Bambuí Bioenergia S/A, Walmir Caixeta Guimarães, participou ontem (08) da reunião ordinária da Câmara Municipal de Bambuí. Entre outros assuntos, ele comentou sobre a crise enfrentada pelo setor, as perspectivas de melhorias e o apoio ao município.

Segundo Walmir Caixeta, “o setor sucroalcooleiro sofreu muito devido à politica de preços de combustíveis no país e falta de apoio para o segmento, que culminou com dezenas de Usinas sem moagem e 66 em recuperação judicial. Em 2014, em virtude da seca na região de Bambuí tivemos perda expressiva de moagem e de receita. Ainda no ano passado, os diretores da Bambuí Bioenergia conviveram com a preocupação de também entrar em recuperação judicial ou até mesmo falência. Salários foram atrasados ou pagos parcialmente e ficaram dívidas para com os arrendantes de terras e fornecedores. Hoje, com a ajuda fundamental dos acionistas, já se respira melhor e há grandes perspectivas de melhorias, com expectativa de, em até dois anos, quitar o endividamento com estes  e resgatar a credibilidade junto aos arrendantes”.

O diretor-presidente disse ainda que “a empresa contribui, e muito, com a economia local, empregando quase mil pessoas do município”. Perguntando sobre o pagamento de impostos, disse que “na época das obras de implantação da Usina e de sua expansão eram mais de 500 mil reais por ano de ISS. Em 2014 foi pouco mais de 50 mil reais e, em 2015, o valor será próximo ao do ano anterior. De ICMS, de 2008 a 2013 foram cerca de 50 milhões, em 2014 foram 18 milhões e em 2015, serão cerca de 20 milhões de reais, com parte disso retornando para o município pelo Estado”. O diretor comentou também que é essencial a “boa conservação das estradas rurais para trafegar tranquilamente, bem como manter um bom relacionamento com a Prefeitura”.

Sobre apoio financeiro para revitalização da cidade, Walmir afirmou que enviou o pedido para a Petrobras Biocombustível. “Não estou autorizado a falar em nome da Petrobras, mas informalmente obtive uma resposta de que, no momento, a empresa está impossibilitada, devido a seus próprios problemas financeiros, além do fato de que um apoio desse tipo tem um ritual administrativo complexo para aprovação.”

Perguntado sobre as parcerias para melhorias de estradas, mencionou que já houve subsídio para “a ampliação de uma ponte sobre o Rio Ajudas e que os sócios estão tentando, junto ao governo, priorizar a construção da ciclovia, na estrada que liga Bambuí ao IFMG”. Questionado sobre a pavimentação da entrada que liga o município a Piumhi, disse que “a condução dessa obra está à cargo do DER,, uma vez que o governo estadual repassou o asfaltamento para o Projeto Caminho de Minas”.

Os vereadores agradeceram a presença do diretor-presidente e também o empenho dos sócios em enfrentar essa crise econômica pela qual todo o país está passando.

Fonte: CMB - Hortência Mara Duarte