Firmino Júnior: Deus, matemática e ecumenismo

Por várias vezes fizemos aqui neste espaço inferências a Deus. Nas nossas vidas muitas vezes afirmamos: “é coisa de Deus”, “foi Deus quem quis”, “Deus no comando”, enfim, para a maioria de nós que não somos ateus (e eu os respeito muito), Deus – seja lá o que Ele for pra cada um – está diretamente presente em nossas vidas. Cada um tem um tipo de experiência com Deus. Cada um tem o livre arbítrio para escolher a intensidade com que quer que Deus penetre na sua vida. Para os cristãos, Deus está presente no Cristo, em imagens sacras, em orações ou na espiritualidade. Os hindus, por sua vez, enxergam Deus em outras formas e até nos animais, por exemplo, nas vacas sagradas indianas. Isso, só me faz crer que Deus está em todos os lugares, o tempo todo. Fato é, que todos os livros religiosos, seja a Bíblia, o Alcorão, o Livro dos Espíritos, o Livro dos Mórmons, ou qualquer que seja o segmento, não se cumprem na tarefa de provar a existência divina. O que os Livros Sagrados fazem é revelar a natureza, o caráter e a obra de Deus. A existência divina é óbvia, para quem quer que seja óbvia, e não cabe a esses livros ficarem discutindo o que se tem convicção. Como diz um amigo, achar que o mundo não tem um criador é o mesmo que afirmar que um dicionário é o resultado de uma explosão numa tipografia. Ainda assim, Deus confere a liberdade a todos de crer ou não nele. Deus – seja lá em qual religião estiver sendo representado – é tão grandioso que não obriga. Aliás, nós que cremos Nele, precisamos parar de simplesmente acreditar em Deus e começar a senti-lo. Desde que aprendi isso tenho tido experiências fantásticas. Se por um lado, é comum ouvirmos que a ciência não pode nem provar e nem negar a existência de Deus, as experiências individuais de cada um sobre nosso criador são categóricas. Na Bíblia Sagrada destaca-se extensivamente quem é Deus por sua obra. Como lembra o site Ghost Questions: Deus criou o mundo (Gênesis 1:1, Isaías 42:5); Ele ativamente sustenta o mundo (Colossenses 1:17); Ele está executando o Seu plano eterno (Efésios 1:11) que envolve a redenção do homem da maldição do pecado e da morte (Gálatas 3:13-14); Ele atrai as pessoas para Cristo (João 6:44); Ele disciplina os Seus filhos (Hebreus 12:6) e Ele julgará o mundo (Apocalipse 20:11-15). Segundo o portal GNotícias dois cientistas anunciaram recentemente terem formalizado um teorema sobre a existência de Deus, escrito pelo renomado matemático austríaco Kurt Gödel. O trabalho foi realizado por Christoph Benzmüller da Universidade Livre de Berlim e seu colega Bruno Woltzenlogel Paleo, da Universidade Técnica de Viena, e anunciado pelo diário alemão Die Welt sob a manchete “Cientistas provam a existência de Deus”. O trabalho de Benzmüller e Paleo teve como base o argumento ontológico de Kurt Gödel, que propôs um argumento matemático para a existência de Deus. O trabalho é uma demonstração do que pode ser alcançado com as tecnologias atuais nos diversos campos do conhecimento científico, visto que conseguiram resolver o complexo conjunto de equações com o uso de um notebook comum. Como foi publicado recentemente pela revista “A Par”, da cidade de Formiga-MG, na qual recentemente concedi uma entrevista, confiro tudo que ocorre comigo a Deus, nosso guardião superior, que nos ama incondicionalmente e nos atende sempre que recorremos. Até as coisas difíceis e ruins que ocorrem comigo são uma bênção de Deus. Elas servem de aprendizado e melhora pessoal. As boas são prêmios. Minha vida é entregue a Deus, seja lá quem for Deus. É tão bom, mas tão bom crer em Deus, que até respeito, mas não entendo, a necessidade que algumas pessoas têm de negá-lo, ou relegá-lo aos porões da vida. Deus tem que estar sempre no comando! FIRMINO JÚNIOR, bambuiense, é professor na PUC Minas e no Instituto Federal, também jornalista e escritor, tem mestrado na área de Comunicação. Contato: firmino.junior@yahoo.com.br.