Após quatro anos, motorista é preso por acidente que matou cinco jovens e deixou 11 feridas

O jovem Gabriel Dornella, 23 anos, de Piumhi, réu no processo criminal relativo ao acidente que matou cinco pessoas e deixou 11 pessoas feridas, foi preso por volta de 18h, desta segunda-feira, dia 19, quando chegava em uma Faculdade, em Belo Horizonte. O desastre aconteceu na MG-170, em Pimenta, no dia 5 de julho de 2014.

A prisão ocorreu devido a mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. O jovem, que na ocasião do desastre tinha 18 anos, dirigia um Jetta que bateu em dois veículos que estavam parados na margem da rodovia. Ele foi acusado pelo acidente e responde processo judicial por homicídio doloso (quando há intenção, ou se assume o risco de matar), tentativa de homicídio com dolo eventual; embriaguez ao volante; e direção perigosa.

No inquérito policial - entregue à Justiça em agosto de 2014 pela Polícia Civil - Gabriel é acusado de homicídio doloso pelas mortes de Manoel Luiz do Couto Sá, Marcos Roberto Gonçalves, Camila Aparecida Costa, Marcelo Luis Gonçalves e Gisele Cristina Lima, que faleceram no local da tragédia. Já a acusação de tentativa de homicídio com dolo eventual é em relação às vítimas sobreviventes do acidente Elen Caroline Gonçalves, Thamara Gonçalves Neves, Letícia Aparecida Ferreira, Matheus Vinícius Gonçalves e aos passageiros do VW Jetta Leonardo Toledo de Oliveira, Gabriel Terra Goulart, Otávio Leão Macedo Cunha, Raul Leão Macedo Cunha, André Lopes Costa e Juliano Ferreira da Silva.

O inquérito apontou o que foi considerado para o indiciamento de Gabriel. “Ingestão de bebidas alcoólicas durante uma festa, de maneira preordenada, horas antes do sinistro; praticou direção perigosa ao dirigir em velocidade excessiva na rodovia MG-170, em fase de obras e também em ruas em torno do Parque de Exposições de Pimenta onde havia expressivo fluxo de pedestres e veículos em razão do horário correspondente ao término de grande evento festivo, tendo conhecimento da antijuridicidade do comportamento que estava praticando; transportava irregularmente em seu veículo, de maneira negligente, sete pessoas “ao todo”, ou seja, com número de passageiros superior à capacidade do automóvel, estando a maioria sem os cintos de segurança”.

Alta velocidade

Os peritos afirmaram que Gabriel dirigia a 90km/h no momento do acidente. Segundo o relatório da perícia, no trecho havia placas indicando a velocidade máxima de 40 km por hora.