Rede de Vizinhos Protegidos é lançada em Arcos

Na noite desta quinta-feira (16), foi lançada em Arcos a Rede de Vizinhos Protegidos, programa da Polícia Militar que visa proporcionar maior interação entre vizinhos de um mesmo bairro ou região, no sentido de aumentar a segurança, através da cooperação. Através da iniciativa dos moradores dos bairros: Grajaú, Cidade Jardim, São Pedro, Cidade Nova e Lurdes, que se mobilizaram e pediram a ajuda da PM, para que pudesse ajudar na implantação de um programa que ajudasse a diminuir o número de furtos na região. Os moradores se organizaram e já criaram um grupo na rede social, logo após os vários furtos que ocorreram no início do ano nos bairros desta região.

Tenente Rodrigo, do 63º Batalhão da PM de Formiga é especialista na rede e explica que o objetivo do projeto é formar uma rede de vizinhos que se ajudam mutuamente. Os próprios moradores são uma espécie de ‘câmeras vivas’, ou seja, orientados pela Polícia Militar, adotam estratégias para se proteger. As pessoas se organizam com o objetivo de coibir as ações dos criminosos, repassando informações de qualquer atitude suspeita, imediatamente para a PM, por meio de meios de comunicação alternativos.

A Rede de Vizinhos é composta por moradores de um determinado bairro ou região, em grupos de residências circunvizinhas. Nas reuniões com a PM, os moradores são orientados sobre medidas de segurança que devem tomar cotidianamente. Devido aos bons resultados, o Rede de Vizinhos Protegidos está sendo experimentado em diversas cidades do Estado e até mesmo em outros pontos do país.

As pesquisas mostram ainda que, em sua grande maioria, os vizinhos não se conheciam e que, durante boa parte do dia, as ruas estavam sempre desertas. Baseando-se em dados estatísticos segundo os quais uma grande parte dos crimes era praticada depois que as pessoas saíam para trabalhar, foram feitas reuniões com a finalidade de mudar os hábitos dos moradores. A medida surtiu efeito em pouco tempo.

MEDIDAS PARA CRIAR A REDE

•       Sensibilizar as pessoas, conforme artigo 144 da Constituição Federal, que diz: "Segurança pública é dever do Estado e direito e responsabilidade de todos". A comunidade deve participar das cobranças e do planejamento das ações relativas à segurança. Requer interesse, engajamento e comprometimento das pessoas.

•       Ingressar na Rede: conjunto de moradores reunidos em grupos de até cinco residências circunvizinhas. Como a Rede é entrelaçada, uma residência pode pertencer a dois grupos. O principal objetivo de cada laço é a integração de todos os componentes. Para tanto, é necessário conhecer o vizinho, seus contatos e até hábitos. Bem estruturada, a Rede proporciona condições mais adequadas para a discussão de problemas complexos, facilitando a tomada de decisões. Após a formação do laço, afixar a placa Residência Monitorada pela PM.

•       Criar a Rede de Verificação: cadeia de contatos de uma residência para a outra. Os integrantes da Rede estabelecem a forma de atuação, considerando horário, senha e outros fatores relevantes para os moradores. Pode ser feita através do telefone e outras formas de comunicação.

•       Criar a Rede de Vigilância Mútua: processo de observação do movimento nas imediações da residência vigiada, para detectar a presença de pessoas ou veículos estranhos ou em atitude suspeita. Funcionar como câmera viva - o sinal de perigo é dado através de som (apito, por exemplo) ou códigos combinados. Em caso de invasão ou flagrante criminoso, os moradores fazem um barulhaço, mobilizando toda a Rede de Vizinhos Protegidos.

•       Providenciar a melhora da iluminação da rua. Pode ser feito com a instalação de um holofote em pontos estratégicos da rua. A lâmpada pode ser acesa pelo sistema de fotocélula ou outro mecanismo.